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Rei Bael - Minha Experiência

Um pouco sobre o primeiro espírito do Ars Goétia

Dalton Ferreira Dalton Ferreira |
Rei Bael - Minha Experiência
Rei Bael - Minha Experiência

"Bael ou Baal é o primeiro espírito da Goetia, é um rei que governa no leste, senhor da tempestade e da fecundidade. Seu nome vem da palavra ba’l e significa "dono", "senhor". Ele reina sobre 66 legiões de espíritos infernais e manifesta-se sob variadas formas, às vezes como um homem, e às vezes de todas as formas possíveis de uma vez." - Ars Goetia


Embora os grimórios tradicionais sejam bem sucintos quanto a descrição dos trabalhos e habilidades de Bael, minhas experiências com ele revelaram um espírito extremamente versátil, atuando em diversas áreas da vida humana e ocultista.

Abaixo alguns trechos de diálogos antigos e recentes com o mesmo:

D: E quais são exatamente suas habilidades? Além das que já conversamos?

B: Muitas, posso tornar homens e objetos invisíveis, posso lhe proteger dos seus inimigos ou mesmo destruí-los, posso lhe revelar segredos ou informações ocultas. Atuo também na cura, principalmente a de animais, magos antigos me evocavam para curar doenças de seus rebanhos.

Tenho singular poder para tornar homens ricos e influentes.

D: Interessante, e de que forma você trabalha a prosperidade na vida humana? Pergunto pois há outros de sua espécie que fazem o mesmo porém de diferentes formas, alguns descobrem tesouros, outros fazem através do magnetismo.

B: Eu faço um homem prosperar pela notoriedade, faço seu serviço ou mercadoria ficarem evidentes, manipulo o inconsciente coletivo para atrair até o magista pessoas as quais necessitem do seu serviço ou mercadoria.

D: Compreendo...

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D: Há alguma cortesia que seja da sua preferência?

B: Me agrada vinho seco, whisky, carne de gado ou cordeiro.

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D: Dos reis que já tive experiências, você me parece um tanto quanto sensato em relação aos outros, digo, não vejo em você o mesmo ego e arrogância dos outros, não parece se incomodar com a evocação...

B: Eu sou o mais sensato, mas não se engane comigo magista, não são todas as pessoas que merecem minha cordialidade.

D: Como assim?

B: Eu aprecio seres humanos que possuem seu ego e personalidades muito bem definidos, aprecio o orgulho, mas detesto aqueles que são escravos do seu próprio ego a ponto de se acharem imbatíveis, é prazeroso pra mim derrubar magistas que se acham mais poderosos do que tudo, faço-os encararem de frente sua insignificância se assim for necessário pra lhes ensinar uma lição.

D: Entendo. Outros magistas deveriam se preocupar ao evocá-lo então?

B: Não, desde que me façam pedidos coerentes, desde que se ponham no seu lugar ao saberem que não podem me obrigar a fazer milagres em suas vidas, é necessário esperteza, autoconsciência da sua realidade, saber que existem limites até onde eu e os demais podemos atuar.

D: Agora sim, ficou claro.

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D: Diga-me, você é também aquele que chamam de Beelzebuth?

B: Sim e não, houve época onde éramos unidade, mas com o passar dos séculos isso mudou, hoje o que vocês conhecem por Beelzebuth é uma de minhas faces, minha face mais sombria e negativa.

D: Supondo que eu quisesse trabalhar com seus aspectos mais sombrios, deveria então evocá-lo como Beelzebuth através do Grimorium Verum, correto?

B: Correto.

D: E há algum motivo específico para a ligação de Beelzebuth com as moscas?

B: Se dá ao fato da ligação com a putrefação, a morte, a destruição.

D: Compreendo.

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Posso concluir dizendo novamente que Bael é um espírito extremamente versátil em suas atuações, é um espírito justo, está longe de ser benevolente, mas com o mínimo de bom senso e respeito é possível desenvolver um bom relacionamento com o mesmo. Dentre os Reis da Goétia, talvez seja o mais acessível pra se começar a ter experiências com os seres dessa hierarquia.


Ilustração de Bael por: Adelaine Sani Carvalho ©️
Instagram: @covil_da_serpente

Texto por: Dalton RF | Covil do Eremita ©️
Instagram: @dalton.r.f